O Cartão postal de Santarém, o encontro dos rios Tapajós e Amazonas encanta quem visita a Orla da cidade. Ali o espetáculo da natureza é atração principal. Os dois rios permanecem unidos sem se misturar por oito quilômetros formando um contraste na paisagem.


Para quem quer ver de perto o fenômeno, a dica é fazer um passeio de lancha. O serviço é ofertado no Terminal Fluvial Turístico. Um Condutor local de turismo credenciado é quem pilota a embarcação.

Os mais aventureiros podem até mergulhar e sentir na pele a experiência. “Os rios não se misturam porque as águas têm densidade e temperatura diferente. Se você nadar de um para o outro vai perceber que um é gelado e o outro mais quente, disse o condutor Elvis Tour. (Perfil no instagram @elvistour)

Foto: Fabio Silva

Depois de ver o encontro dos rios, o passeio segue para comunidade Igarapé Açú. As casas são construídas sobre as águas. Ao invés de galinhas, os moradores criam patos no quintal. Os animais se esbaldam com a quantidade de água a disposição. As plantas também são aquáticas, como as vitórias-régias, que viram cenário para belas fotografias.

Na comunidade também há floresta. Nessa parte do passeio o condutor recolhe a cobertura da lancha, que se transforma em uma canoa para caber nos caminhos estreitos da floresta alagada. O canto dos pássaros dá boas-vindas aos visitantes.

As Preguiças também vivem nas árvores e seguem tranquilamente o curso da vida enquanto modelam para fotografias. No caminho, é irresistível não tocar na água gelada ou nas folhas, troncos e cipós intactos pela ação do homem, mas o condutor pede para o turista manter as mãos dentro da embarcação para não se machucar, caso ela toque nas árvores.

O passeio é relaxante e seguro. Além dos coletes salva vidas, o uso de máscaras passou a ser obrigatório, assim como a higiene da embarcação, que ficou ainda mais rígida. Para evitar contaminações pelo novo Coronavírus, os condutores seguem as recomendações de segurança do plano de retomada do turismo.

Matéria escrita por Mabi Borgaro